Os Percalços do Advogado no Labor
Exercer a advocacia não significa somente usufruir de ternos com custos altíssimos, viajar para conhecer países de primeiro mundo, não é holofote midiática, não é ter um escritório bombástico sobressaindo dos outros colegas de profissão, não é notoriedade, alcançar um lastro de “fãs” nas redes sociais, a advocacia é algo bem mais penoso e conflituoso do que ora publicam na vinculação das benevolências.
Com efeito, o mister da advocacia se acresce no decorrer da prática forense, trilhando percursos tortuosos com pilhas de processos que tramitam há anos ou flagrantemente protocolados no setor de distribuição ou mesmo pelo PJE E PROJUDI; muita das vezes se frustrando e angariando raivas e sentimentos dolorosos, quando não consegue dá fiel cumprimento às suas obrigações em função de fatores exógenos a sua volitiva. Advogar é ser um perpétuo aprendiz, é participar de palestras em simpósios, congressos que transcendem o conhecimento jurídico, em suma, é retornar a insurgência do acadêmico, todo momento se atualizando no âmago do direito, haja vista a mudança significativa da advocacia, coadunando com o brocardo jurídico: ubi societas, ibi jus (ONDE ESTIVER A SOCIEDADE, AÍ ESTARÁ O DIREITO).
Nesta esteia, travestir de um causídico é, sobretudo, enveredar no ajudar das pessoas com suas demandas no grau fácil até o mais complexo, consistindo no juramento celebrado quando recebera a carteira da ordem, ademais, é se apossar da empatia da tristeza ou regozijar com elas e saber que por trás de cada homem e mulher existe uma lesão, uma angústia, um ser humano que precisa de solução para aquele óbice. Advogar é, nas caladas da noite assimilar insônias intermináveis em virtude das preocupações a saber dos casos de seus constituintes à qual confiaram seus problemas, é pugnar sem precedentes pelo provimento em recursos perante as instâncias superiores de um pedido de tutela de extrema urgência ou impetrar um sucedâneo recursal (mandado de segurança) visando o resultado satisfatório de ver um jurisdicionado realizando sua cirurgia na rede pública ou privada, com justeza e albergado pelo princípio da dignidade da pessoa humana, e nós como operadores do direito invocando o mínimo existência e, sobremaneira, no exclusivo crivo de salvar vidas padecendo nas filas dos hospitais com singelos atos junto ao Poder Jurisdicional.
Desta feita, torna-se gratificante no final triunfar pelas vitórias perseguidas em prol do trabalho florescido com imensa maestria. Por fim, os percalços do advogado se reside em todas as lutas tanto biológica, quanto sentimental e profissional no âmbito de seus compromissos impecáveis com seus constituintes com sobeja justeza de espírito e entrega pelas demandas confiadas para uma solução imediata. Destarte, infiro tais palavras imprimidas, afiançando o artigo 133, Caput da nossa Carta Política, consagrando: “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nas delimitações legais”.
ADVOGAR NÃO É UMA PROFISSÃO DE COVARDES, E SIM, DE HOMENS E MULHERES ALMEJANDO UMA JUSTIÇA MAIS JUSTA, CÉLERE E CAPAZ DE SATISFAZER AS EXPECTATIVAS DA SOCIEDADE COM SUAS DEMANDAS!
Luan Estevão
Piauiense, discente de direito, cursando o 8º bloco na faculdade Cesvale, à qual já fora estagiário no escritório Aguiar & Sampaio advogados, Renato advogado e, recentemente estagiário no Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Destarte, logrando perseguir uma fonte inesgotável de conhecimentos e experiências perpétuas na vida acadêmica e sucessivamente profissional.
Reprodução: https://luanestevao45.jusbrasil.com.br/artigos/509857069/os-percalcos-do-advogado-no-labor