O CRESCENTE MERCADO DOS PRODUTOS SIMILARES

Publicado por CESVALE em

A contemporânea economia brasileira por vários anos sofreu com um mal crônico: a inflação, que nas décadas de 70, 80 até meados  dos anos 90 foi a maior preocupação na gestão dos governos  em estabilizar a economia no país. Nestes períodos foram criados, sem sucesso, vários planos econômicos e até confisco do dinheiro da população com o intuito de controlar a inflação. Porém, foi somente na administração do presidente Itamar Franco e no governo de Fernando Henrique Cardoso que houve controle maior nos preços, estendendo esta constância ao governo Luis Inácio da Silva até os dias atuais.

Entretanto, é bom frisar, que antes dessa estabilidade econômica, o gasto dos brasileiros, vinha sofrendo uma redução de longas datas. Produtos como iogurte, queijos, chocolates, entre outros, tiveram uma diminuição no consumo das classes b e c. Essa população compensou a perda salarial abdicando destes produtos para suprir com bens necessários: feijão, arroz, açúcar. Nos anos 80, alguns empresários, na intenção de inteirar a necessidade da população, criaram várias empresas alternativas lançando diversos produtos similares ou produtos de linha B. Dessas empresas, a que teve seu maior desempenho foram as de refrigerantes, com as chamadas tubaínas, um tipo de refrigerantes com água gasificada e açúcar. Este produto surgiu como um modo de abastecer um bairro ou região, mas tomou proporções maiores, às vezes nem almejadas por seus sócios, e se transformaram numa empresa de grande porte. Dentre elas constam, a Frevo em Recife, Jesus no Maranhão, a Dolly em São Paulo e, em Santa Catarina, o guaraná Pureza.

Num passado não muito distante o domínio total de alguns seguimentos de mercado era restrito a algumas grandes empresas, o chamado monopólio, corporações como Sadia e Perdigão dominavam sem interferência alguma o setor alimentício de frios, frangos congelados etc. As marcas Omo, Minerva, Ace e Ariel tinham um mercado absoluto de sabão em pó. No entanto, ao decorrer dos tempos a concorrência entre as empresas se tornou acirrada nos fornecimentos de seus produtos, Hoje, nas prateleiras dos supermercados ou mercadinhos, essas marcas se juntam a outras marcas sem relevância no cenário nacional na disputa por espaço entre as seções dos supermercados. Os refrigerantes Pepsi e Coca-Cola juntamente com o Guaraná Antártica disputavam entre si o domínio do mercado de refrigerantes. No setor de vestuário, havia a Levis, Zoom, Fórum em um grupo bem fechado de marcas de roupas que dominavam no setor de vestuário.

Analisando atualmente o mercado, percebemos que a probabilidade de uma empresa grande ser afetada por de pequeno porte é inúmeras vezes maiores que anos anteriores, apesar das grandes fusões no mercado. No entanto, é notório que atualmente pequenas empresas estão eficazes, eficientes e profissionais no atendimento dos seus clientes e fornecimento de seus produtos. Isso se deve ao fato, também, que esses empreendimentos estão tendo maior acesso no campo tecnológico, obtendo informações detalhadas e estudadas dos produtos que irão lançar no mercado e do público que irão consumir seus produtos, fazendo surgir uma empresa de pequeno porte com um gerenciamento de uma grande organização.

Ao entrarmos num supermercado, nos deparamos com inúmeras empresas sem alguma relevância no mercado, disputando espaço nas prateleiras com multinacionais e o mais interessante, fazendo frente a essas grandes corporações. É importante frisar e questionar, se elas estão lá disputando mercado com essas organizações, com certeza elas devem ter um diferencial de aceitação no mercado. Seja pelo aspecto econômico, social ou regional.

Entre os diferenciais de mercado em relação a essas multinacionais podemos destacar: o tempo de entrega de seus produtos, os prazos oferecidos por elas, as condições de pagamentos de seus produtos e por fim, o contato direto com o cliente na pós-venda. Esse último ocorre devido funcionarem na mesma cidade ou até no mesmo bairro em que seus clientes residem, tendo assim, um contato direto com estes, sabendo seus comportamentos diários, quinzenais ou mensais. Conhecendo assim, a aceitação do produto e a preferência que esse consumidor exige. Já que na economia de mercado o consumidor é a figura principal e esse tem uma dinâmica na questão de gosto e opções.

É bom frisar e argüir, se elas estão lá disputando seus produtos com essas organizações, com certeza elas devem ter um diferencial de aceitação no mercado. Seja pelos aspectos econômico, social ou regional.

Vale ressaltar também, que com o surgimento dessas empresas alternativas, as que tiveram uma maior aceitação no mercado foram as dos refrigerantes chamados Tubaínas, fazendo frente à Coca-Cola, Guaraná Antártica e Pepsi. Esse termo é tão novo que não consta no dicionário Aurélio, Tubaínas ainda não encontra definição, mas o nome foi originado no interior de São Paulo, para referir-se a refrigerantes com água adocicada e xarope, que surgiram em fundo de quintal com intuito apenas de fornecer àquele bairro ou mesmo parte daquela grande cidade.

Por conseguinte, estas empresas de pequeno porte tomaram dimensões muitas vezes inesperadas por seus administradores, que com o passar dos anos e com os ajustes no processo de industrialização e logística, ou seja, administrativo, foram se transformando de empresa fundo de quintal em  corporações profissionalizadas.

 Msc. Ricardo Delfino Guimarães

 

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